Por: Iris de Souza Lopes*

As bolsistas de Iniciação Científica do Cibercog, Isis Cardoso e Manuela Tostes, participaram do Seminário de Iniciação Científica (Semic) da Uerj, no dia 28 de setembro. O evento reuniu cerca de  1238 estudantes de graduação que apresentaram pesquisas no saguão do 4º andar da Uerj, no formato de pôster. Cada estudante teve a oportunidade de defender suas pesquisas perante três avaliadores, sendo dois internos e um externo.

A estudante Isis Cardoso, no 6º período de Relações Públicas, apresentou o trabalho intitulado “Match com força – O efeito da plataformização nas relações afetivas”. A pesquisa aborda o impacto das mídias digitais nos relacionamentos interpessoais, com um mergulho nas complexidades das interações através de plataformas.

“Entrar no Cibercog foi um grande motivador para minha pesquisa, porque eu sempre gostei de mídias digitais e a relação delas com a forma que a gente vive. No grupo, eu tive contato com pesquisas sobre Tripadvisor, Netflix, RPG, saúde pública e educação e isso me fez pensar em uma abordagem de pesquisa que ainda não estava sendo vista no grupo: relações afetivas e sexualidade. Usar o Tinder como objeto de pesquisa foi o meio que eu encontrei de trazer essa nova abordagem para o grupo e, consequentemente, para academia.” destacou Isis.

Isis enfatizou a importância de sua  investigação no entendimento das mudanças sociais que as tecnologias digitais têm gerado. A apresentação no Semic destacou a relevância desse tema na compreensão e adaptação às transformações nas formas de interação social na era digital.

“Minhas próximas etapas são concluir as duas fases restantes da minha pesquisa, que são trazer um apoio teórico sobre afeto, trazer a observação participante e a pesquisa, notar os resultados dessas fases, tratar sobre a plataformização e relacioná-la com tudo o que já foi visto anteriormente, chegando à resposta da pesquisa.” pontuou Isis 

Já no trabalho “O fenômeno do Booktok para o estímulo à leitura e o aprendizado entre jovens”, desenvolvido por Mariana Trevisan,  e apresentado por Manuela Tostes, são investigadas as práticas de leitura e o aprendizado entre adolescentes de 12 a 18 anos. O “Booktok” é um fenômeno nas redes sociais, particularmente no aplicativo TikTok, em que jovens criam vídeos curtos para discutir livros, compartilhar recomendações e análises literárias.

“Escolhi esse tema pois me interesso por leitura e uso bastante o TikTok, então sigo vários influenciadores da área e é um tipo de conteúdo que consumo e gostaria de estudar. as próximas etapas são realizar a pesquisa com o público através de questionários específicos e dar continuidade a pesquisa bibliográfica, esses são meus próximos passos para quando eu for dar continuidade a pesquisa, futuramente por conta própria ou pra TCC por exemplo, pois no momento está estacionada por conta da correria que está a minha rotina”, destacou Mariana.

Tem desempenhado um papel significativo em promover a leitura entre os jovens e aumentar o interesse pela literatura. Os vídeos são envolventes e informativos gerados por usuários que ajudam a criar comunidades de leitores online, onde os leitores podem  compartilhar suas paixões e descobrir novas obras.

“No decorrer da pesquisa minha maior dificuldade foi encontrar um embasamento teórico que realmente fizesse um link com o que eu estava querendo pesquisar” avaliou Mariana.

Tanto a pesquisa conduzida por Mariana quanto a apresentação de Manu destacam a influência significativa e a potência do TikTok na forma como jovens de 12 a 18 anos se aproximam da leitura e do aprendizado. Essas investigações examinam de que maneira as redes sociais, com ênfase no TikTok, moldam os hábitos culturais dos jovens, incentivando o consumo de informações e estimulando a leitura.

“Os benefícios são que nas redes sociais o leitor pode encontrar recomendações de leituras por categoria, comunidades e grupos de leitura virtual, além de divulgações de promoções para compra de livros mais em conta. já os desafios podem envolver a distração com as redes sociais, pois é necessário um equilíbrio desse uso com a leitura efetiva.” complementou Mariana.

A iniciação científica é um pilar de extrema importância na vida de todos os estudantes, promovendo maior desenvolvimento profissional e educacional, gerando oportunidade de adquirir habilidades de pesquisa valiosas, além de promover avanços significativos para a ciência.

*Estudante de relações públicas, voluntária do Laboratório de Mídias Digitais da Uerj. Texto sob supervisão da doutora Renata Monty.