Por Heloá Alfradique*
A professora doutora Raquel Lobão Evangelista, da faculdade de Comunicação Social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, apresentou duas oficinas de análise de revisão de literatura e o uso da inteligência artificial como recurso para facilitar a pesquisa acadêmica.
Apresentadas no Laboratório de Mídias Digitais do PPGCOM UERJ (Programa de Pós-Graduação em Comunicação), as oficinas foram realizadas em 2 sessões, a 1a no dia 6 de maio, das 14 às 16 horas, e a 2a no dia 8 de maio, das 10 às 12 horas. Contando com a presença de mestrandos e doutorandos da área de Comunicação, o curso mostrou na prática como realizar análise de pesquisa acadêmica com o auxílio da Inteligência Artificial.
A doutora, que desenvolveu pesquisas com foco na opinião pública e propaganda e no ‘binge-watch’ (expressão no inglês para maratona de séries), mostrou a utilização das ferramentas Research Rabbit, Bitmaps e Consensus na etapa de revisão de literatura acadêmica. “Enquanto professores e pesquisadores, devemos avançar junto à tecnologia e aproveitar os recursos existentes”, defende ela em relação ao uso da I.A.
Os sites apresentados desempenham um papel facilitador para quem escreve monografia, dissertação, tese ou outros artigos acadêmicos e, com o experimento, a plataforma exibe informações como referência de artigos, autores e temas já existentes, além da conexão entre eles.
A pesquisadora também enfatiza a diferença entre os três aplicativos e em que aspecto cada um é útil para a análise de materiais acadêmicos, além de fazer recomendações de uso. “Estamos bombardeados de informação o tempo todo. Se a gente não recorrer a esses recursos que a tecnologia nos oferece, vamos sucumbir, pois somos humanos” pontua ela, ao ressaltar a importância da produção humana de conhecimento e afirmar que a tecnologia pode ser benéfica para a finalização da análise de materiais.
A oficina teve como objetivo experimentar essas ferramentas no local realizado, a fim de ajudar estudantes e produtores de conhecimento na revisão dos seus projetos acadêmicos para publicação.
“Eu testei as plataformas primeiro, analisando a efetividade e os resultados que elas me davam, depois apliquei elas na minha pesquisa de pós-doutorado, separando as que me ajudaram ou não”, declarou Raquel.
Para Carolina Napoleão, que esteve presente nas apresentações: “As oficinas foram muito interessantes, entendi como funcionam algumas plataformas de IA que antes nem sabia da existência. É uma ótima forma de facilitar o trabalho do autor de uma pesquisa e tenho certeza que vai ser muito útil pra mim e pra todos que assistiram”
