“em todas as partes tomou-se o cuidado de preservar a soberania da criança que brinca, de não deixar que ela perca força alguma junto ao objeto da aprendizagem e de banir o horror com que as primeiras letras e algarismos gostam de se impor como ídolos às crianças” (BENJAMIN, 2002, p. 153)

Olá pessoal!

Hoje vamos inaugurar uma nova coluna aqui no blog. Nosso intuito é compartilhar com vocês os jogos que já jogamos e/ou estamos jogando. “Mas galera do CiberCog, por que vocês vão fazer isso?”, vocês devem estar pensando. É simples: vamos criar jogos de tabuleiro e queremos compartilhar com vocês nossa linda saga. Para isso precisamos experimentar diferentes tipos de jogos para entendermos as mecânicas que estão envolvidas na criação de um boardgame  (os famosos jogos de tabuleiro). “Nossa, que divertido! Vida boa essa de vocês, hein?!”. Sim! Vida boa mesmo! Que coisa boa é poder pesquisar coisas divertidas, brincar e criar. Tá pensando que é moleza? Não mesmo! Aqui levamos a brincadeira a sério! Temos que ler diversos textos de diferentes autores, escrever artigos, pesquisar, jogar, pesquisar mais um pouco, trocar ideias, brincar e tentar pensar fora dos modelos vigente. A gente não para! Mesmo com todas as dificuldades que nossa querida Universidade vem enfrentando, seguimos trabalhando nela, de casa, via Skype, no shopping, anywhere.  

Em dezembro de 2015, fomos agraciados com a seleção de nosso projeto pelo edital nº 14/2015 da Faperj. Essa verba é destinada para equipar o laboratório e contribuir para que sejam desenvolvidos jogos digitais e, junto aos estudantes das escolas públicas do Rio de Janeiro, tornar a aprendizagem mais lúdica, usando inúmeros métodos e mídias digitais no contexto da aprendizagem.

Mas infelizmente esse dinheiro ainda não nos foi entregue por conta da crise do Estado do Rio de Janeiro. Pensa que paramos? Não mesmo! Realizamos um projeto piloto de RPG na Escola Municipal Madrid (Vila Isabel – RJ) junto aos alunos do 8º do ensino fundamental II, na disciplina de ciências. Publicamos quatro artigos em dois eventos científicos, sendo que um deles publicará um livro com os artigos produzidos. Atualmente, por causa da riqueza de dados coletados na oficina de RPG dos jogos olímpicos, e para  prosseguir com os planos do projeto financiado pela FAPERJ, os integrantes do laboratório estão jogando e criando jogos de tabuleiro, que serão ferramentas para que os estudantes do ensino fundamental II criem seus próprios jogos e poderão ser trabalhados no futuro como jogos digitais.

Mesmo com todas as dificuldades financeiras o grupo não parou. Amamos pesquisar e queremos compartilhar o nosso amor com vocês. Em 2017 o laboratório CiberCog completa dez anos. D-E-Z anos de grupo! Ainda somos um grupo jovem, mas cheio de história e curiosidade, com vontade de aprender e descobrir o mundo.

E aí, vamos jogar?

Fontes e referências:

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2002.

MAIA, Alessandra; BARROS, Mayara; ZANOTTA, Caroline; MARTINS, Andreza. Aprendizagem tangencial: comunicação e lúdico na construção de um jogo de tabuleiro. In: III Simpósio ArTecnologia, no prelo.

REGIS, Fátima; ESCALANTE, Pollyana; BARROS, Mayara; MARTINS, Andreza. Educação e Mídias Digitais: por uma metodologia participativa, lúdica e multimodal. In.: IV Encontro Regional Sudeste de História da Mídia – Alcar Sudeste, 2016. Disponível em: <https://goo.gl/8KN2ND>

REGIS, Fátima; ESCALANTE, Pollyana; MENDONÇA, Daniele de Aragão; OLIVEIRA, Fernanda Bravim de. Games e comunicação: a construção de letramentos lúdicos e participativos. In: III Simpósio ArTecnologia, no prelo.

TIMPONI, Raquel; MAIA, Alessandra; ARAGÃO, Daniele; BRAVIM, Fernanda. Metodologia de Aprendizagem e Exploração Multimodal no Ensino Formal: levantamento de ferramentas de aprendizagem. In.: IV Encontro Regional Sudeste de História da Mídia – Alcar Sudeste, 2016. Disponível em: <https://goo.gl/tp9ASJ>