Em um mundo no qual os vínculos sociais são cada vez mais mediados por redes sociais digitais, se faz necessário refletirmos e debatermos sobre a importância dessas plataformas em nosso cotidiano e em nossas relações interpessoais. Para tentar entender essa transformação, a Equipe do Laboratório de Mídias Digitais organizou, no último dia 20 de maio (segunda-feira), o II LMD Recebe, iniciado às 18h30.
A segunda edição tratou do tema “Dinâmicas de participação na Cultura Digital”, os convidados demonstraram como as atividades digitais cotidianas são potências de mobilização social e fontes de pesquisas acadêmicas. A ideia principal era discutir o papel das vivências contemporâneas sob o ponto de vista de fãs e de pesquisadores.
O evento contou com a presença da mestranda em tecnologia em Comunicação e Cultura do PPGCOM-UERJ, Marina Brandão; de Jonas Pilz, doutorando do PPGCOM-UFF; das criadoras e produtoras de conteúdo da fanpage “Sherlock Brasil”, Daniele Ribeiro e Renata Arruda; e de Amanda Lima, líder do fã-clube e administradora da fanpage “Fanáticos Por Sandy e Junior”.
Jonas Pilz, pesquisador, ressalta que as falas/os discursos e as performances dos artistas não passam despercebidas nas redes sociais e isso pode gerar quebra de expectativa por parte de alguns fãs. Em sua palestra trouxe exemplos de artistas musicais como Apanhador Só (2017), Anitta (2018), Simone da dupla Simone & Simaria (2018) e Roger Waters (2018).
Já Marina Brandão demonstrou em sua apresentação como algumas séries podem ajudar a reformular protocolos sociais e a estabelecer relações, sacramentando uma nova forma de entretenimento no século XXI. A pesquisadora destaca que isso pode ser compreendido a partir da lógica dos spoilers, que passam a ser problematizados quanto ao “tempo de segurança” para que um episódio possa ser debatido sem estragar a experiência de quem ainda não o assistiu, como no caso do seriado Game of Thrones.
As produtoras de conteúdo Daniele Ribeiro e Renata Arruda falaram sobre suas experiências enquanto administradoras da maior página brasileira sobre Sherlock Holmes da BBC, contando um pouco sobre a dupla jornada de ser fã e, ao mesmo tempo, liderar fãs. Por fim, mas de igual importância, a participação de Amanda Lima, reforçando a intensidade do laço afetivo que envolve o amor idealizado de um fã por seus ídolos, contribuiu para ampliar o nosso ponto de vista sobre o universo das dinâmicas participativas na cultura digital.
Além dos palestrantes, houve a participação dos alunos de graduação e pós-graduação da UERJ e da UFF. Na página oficial do Grupo CiberCog, no facebook, você pode ver as recordações fotográficas do que aconteceu na UERJ.
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