Autores: Ivan Mussa e Vinicius Andrade.
Resumo: Para que a indústria dos videogames funcione e se expanda, necessita de métodos produtivos e criativos que almejam pre-ver e prescrever as ações e comportamentos de seus jogado-res. Nesse sentido, desenvolve formas de centralizar o jogador como critério-chave de todas as decisões que guiam a cons-trução de um mundo de jogo. Em 2009, no entanto, Minecraft surge como um rompimento radical com as diretrizes da in-dústria, invertendo em todos os aspectos a noção de que o jo-gador é o centro do mundo de jogo. A proposta deste trabalho é compreender essa inversão, que chamaremos de descentrali-zação dos jogadores. Defendemos que sua emergência expõe a necessidade de repensar epistemologicamente a conexão entre jogo e jogador. Tomamos esta tarefa como objetivo deste tra-balho, tratando-a em três etapas: primeiro, definindo o fenô-meno da descentralização como um tipo de tessitura conectiva entre jogador e jogo. Depois, aprofundando a dimensão ma-terial da experiência de atuação em um mundo de jogo. Por fim, radicalizando a noção de descentralização, identificando-a como força potencial em qualquer jogo.
Palavra-chave: Videogames. Minecraft. Mundos de jogo e Sensorialidade.
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