Ambientes Caóticos: A Descentralização dos Jogadores nos Videogames
Autores: Ivan Mussa
Resumo:
De modo a acomodar o jogador na malha tecida por suas regras, os videogames organizam mundos segundo certos princípios conectivos. Shigeru Miyamoto, em Super Mario Bros., por exemplo, investe na espacialização precisa dos desafios distribuídos ao longo dos percursos de cada fase. A ascensão de jogos como Minecraft, no entanto, contesta a técnica de Miyamoto. Tais jogos não arquitetam previamente seus desafios, tampouco privilegiam a posição do jogador em relação ao mundo do jogo. Neste artigo, essa contraposição é tomada como objeto, no intuito de demonstrar que não se trata de uma falta de organização, mas de um modo alternativo de compor mundos lúdicos: uma dissidência que possui raízes precoces na história dos videogames, e que vem ganhando destaque na contemporaneidade. Seu princípio fundamental é a construção de mecanismos de descentralização do jogador em relação ao mundo.
Palavras-chave: Videogames, ambientes digitais, interfaces