Autor: Ivan Mussa

Resumo:

Este artigo objetiva investigar uma dimensão anti-lúdica da cultura dos videogames: o uso de jogos e conteúdos ligados ao tema para propagar símbolos, afetos e discursos associados à extrema direita. Recorreremos à ideia de cripto-fascismo – a prática de esconder ideias fascistas sob disfarces socialmente aceitáveis –, expondo como os videogames se inserem nesta tática. Demonstraremos o uso dos videogames como um mecanismo retórico nos discursos de produtores de conteúdo ligados à cultura dos videogames, expondo a fraqueza de sua aliança com a dimensão lúdica desta cultura e sua muito mais forte adesão às premissas ideológicas cripto-fascistas. Por fim, abordaremos o modo como o ódio anti-lúdico atinge a própria dinâmica de inovação e invenção inerente ao mundo dos jogos, encarnada no ataque ao gênero emergente dos walking simulators.

Palavra-Chave: cripto-fascismo, cultura dos videogames e comunicação.

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Ódio ao jogo: cripto-fascismo e comunicação anti-lúdica na cultura dos videogames

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