*Por Nicholas Barbosa

A jornalista e professora Raquel Lobão ministrou duas oficinas, no mês de maio, para o ramo da Comunicação, explorando novas ferramentas digitais para usos acadêmicos. Os cursos de “Design Prompt para IAG na Investigação Científica” e “Scraper de Dados para Investigações” atraíram públicos de diferentes áreas para o uso da tecnologia ao demonstrar a automatização de determinados processos que facilitam parte do trabalho do pesquisador.

No primeiro curso, no dia 19 de maio, a professora explicou como a falta do letramento algorítmico causa confusão no uso de Inteligência Artificial Generativa (IAG) na academia e entre termos específicos, como comando e design prompt, limitando a produtividade dessas máquinas. A atividade contou com demonstrações de erros comuns e o potencial dessas ferramentas com o uso de um roteiro estruturado, podendo auxiliar professores e alunos em suas pesquisas sem substituí-los. Além disso, Raquel Lobão também diferenciou entre o prompt zero shot e o few shot, mostrando a importância de treinar o modelo de linguagem com o conteúdo desejado.

No segundo evento, que ocorreu no dia 28 de maio, a oficina trouxe o Especialista em TI do TRT-RJ e mestrando em Ciência da Computação na UFF, Cristiano Santana. Nesta, foi feita a análise de diferentes ferramentas para a extração automatizada de dados e o papel desempenhado pelas linguagens de programação dos sites de coleta. Entendendo como a engenharia de recursos é relevante e indispensável para uma amostra mais precisa, os pesquisadores destacaram que programas são mais eficazes em determinadas condições, como saber o código utilizado e o tipo de conteúdo da rede.

“Coletar dados em redes sociais é um dos maiores desafios para pesquisadores hoje, porque são plataformas dinâmicas, com grande volume e muita diversidade de conteúdo, além de limitações técnicas e políticas de acesso. A oficina de Scraper que oferecemos foi pensada exatamente para ajudar a superar essas barreiras, ensinando técnicas práticas para extrair e organizar dados de forma eficiente. Essas ferramentas automatizam processos que seriam quase impossíveis de fazer manualmente, ampliando o potencial de pesquisa. Ainda assim, é fundamental que o pesquisador tenha um olhar crítico sobre os dados coletados, para garantir que a pesquisa seja consistente.”, destaca a professora Raquel Lobão.

*Estudante de Jornalismo da da Uerj, com supervisão da professora doutora Renata Monty e Raquel Lobão

Pesquisadora Raquel Lobão ministra cursos de investigação científica para Comunicação

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